Naveguem por este mundo sem validade!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Nunca, mas nunca resolvam avançar...

...senão trouxerem convosco a morada certa.
Filosofia a esta hora? Nada disso. Não vos faria uma coisa dessas.
Ontem, fui com a pequena C. a uma festa de anos de uma amiguinha da escola. Até aqui tudo certo, não me tivesse eu armado em "Xica Esperta". Deixei o convite em casa [confio muito no meu instinto, mas às vezes lixo-me] e fui à aventura com o seguinte pensamento 'deve ter balões na rua e por isso, fácil de identificar'.
Eram 4 casas seguidas [ou três...já não lembro muito bem], passo na primeira e não vi balões...passo na segunda e vi uma janela aberta, crianças ao colo e muitos carros cá fora. 'Só pode ser esta' digo para a pequena. Avancei portão adentro, olhei descaradamente para o ambiente da festa a ver se via alguém conhecido [mas não trazia os óculos. Ao domingo gosto de meter estilo e nunca os uso, mesmo que para isso não consiga focar matrículas de carros imediatamente à minha frente]. 
Percorri cerca de 300 metros de carro, dentro daquela casa [tinha um quintal/jardim grande para catano!], fiz inversão de marcha junto ao canil dos donos da casa e percebi que estava no sítio errado.
Já na estrada principal, com o corpo a transpirar de vergonha, lembrei-me que tinha o número de telemóvel da mamã da aniversariante.
Por sorte ou azar, o puto da casa errada também fazia anos. Arre diabo que não acerto uma!

Para a próxima vou à Maria Helena fazer uma consulta.
(retirado de: http://consultoriodeastrologia.blogs.sapo.pt/bola-de-cristal-1236500)


domingo, 29 de janeiro de 2017

Vou ter de repensar a vida da minha família.

Querem perceber o porquê desta minha reflexão urgente?
Cá vai.
Na sexta-feira passada vi o 'Preço Certo' [eu sei, até vocês estão com dificuldades em ler isto], hoje de manhã a pequena C. de 2 anos viu os Power Rangers com o irmão mais velho, de 5 anos. Para não falar do M.C...esse continua naquele misto de "pânico e amor" [continuo sem entender como é que isto é possível], que em vez de comer tremoços, come unhas enquanto vê o seu tão adorado Sporting. 
Comentários a isto?
...
Pois, bem me parecia.
Desligar a t.v. pode ser a solução.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Salas de espera. Sim. Salas de Espera.

Um dia destes, numa sala de espera [não vos vou dizer qual ou onde ou mesmo quando... era demasiado embaraçoso, até para mim!] resolvi sentar-me ao lado de uma senhora [minha conhecida e única pessoa presente na sala] por simpatia e, para de certa forma, fazer-lhe companhia [eu achava que ela precisa da minha companhia. ' Que presunçosa mamã iogurte']. Tipo "boa samaritana", uma fofa simpática...entendem a cena? [de futuro, questionem-se sempre quanto a ideias como esta].  
Passados alguns minutos, já eu 'transpirava' de angústia pois estava a dar o meu melhor em desbloqueadores de conversa e não conseguia obter diálogo da dita, apenas conseguia respostas telegráficas, tipo "sim", "não", "acenos da cabeça", "esgares" até que comecei a achar que a senhora estaria zangada ou irritada com a minha presença.
Assolou na minha mente o pior.
'O que é que eu fiz?' 
' Cheiro a transpiração?'
' Cheirar mal da boca?! Mas eu lavei os dentes...'
Até que o mistério foi desvendado.
A senhora, muito tranquilamente, disse-me o seguinte [deve ter notado a minha inquietude]:
- Desde que aqui chegaste que estou a controlar os meus gases. Vais ter de sair, porque eu já não aguento mais guardá-los. Tenho andado em crise desde que comi grelos no domingo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

A mamã iogurte faz 2 anos!

O meu primeiro post foi escrito à lareira, enquanto a pequena C., de 3 meses de idade, fazia mais uma das suas muitas sestas [depois de lhe ter tirado um gigante cocó que lhe chegou quase até às costas]. 
A escrita sempre foi uma paixão antiga que estava adormecida até ser mãe pela segunda vez. Este tão importante acontecimento na minha vida fez borbulhar a inércia dos meus dedos e trouxe o desejo de trazer para fora o meu "dentro". E assim nasceu o blog.
Ser mãe pela segunda vez aumentou o que tenho de bom e o que tenho de mau. Aumentei o amor, a capacidade de entrega, a felicidade no corpo, entre outras coisas boas. Mas há sempre um reverso na medalha. E de acordo com esta tão fatídica conclusão, aumentei o meu alheamento, a minha distração, reduzi em 90% o espaço destinado à memória...e, por mais incrível que ainda seja, persiste em mim a tendência absurda para deixar passar a validade das coisas, especialmente a dos iogurtes. 
Aprendi que rir sobre mim é o melhor antídoto para os dias tristes. E por isso, o blog continua a fazer-me sentido.
Obrigada a quem por aqui passa.
A vocês, o meu respeito.
Mamã iogurte, eu mesma.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Tu percebes que algo de errado se está a passar contigo quando...

...sais de casa com o cabelo molhado, com a temperatura de -1ºC e usas a chauffage do carro no máximo para secares o cabelo no caminho de casa para a escola da C., da escola da C. para a escola do V. e da escola do V. para o trabalho.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Preocupações dos meus mestres.

Sou meia bipolar do espírito. Assumo. [Mas não do espírito santo, alto aí! Não confundamos]. Gosto de desafiar o tempo, as cores, a gravidade...Sou meia assim. Mas os restos dias, sou meia normal. Posso definir-me "meia assim e meia normal", mesmo sem saber bem o que é "assim"? 
Vamos a um exemplo.
Acordo muitas vezes e visto a primeira coisa que me aparece na gaveta. E depois acrescento com a primeira coisa que aparece na segunda gaveta. E assim sucessivamente. Às páginas tantas, o meu estado de espírito é revelado naquilo que visto. Fico nua, mesmo vestida! E os mestres lá do meu trabalho, captam tudo. Tipo "infravermelhos" de super-homem. 
Um destes dias, a minha irreverência transbordava até pelos pêlos do nariz, quando um dos meus mestres passa por mim e faz o seguinte reparo:
- Tu não tens frio de collants? - pergunta.
- Não. - respondo.
- Ai valha-me de Deus que às vezes parece que não tens juízo nenhum. Trazes uma saia num dia com tanto frio!
- Pois trago. Foi a primeira coisa que me apareceu.
- Queres que eu vá a tua casa dizer-te o que podes vestir? 
- Mas porquê? Estou assim tão mal? - perguntei insegura.
- Não! Não quero é que fiques doente.
Parecido, mas não com tanto estilo.



sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Tóxicas como o ácido.

Posso fazer esta metáfora? "Tóxicas como o ácido"? Malta da química e afins pronunciem-se que disto eu não percebo nada.
Um dia destes apareceu-me uma pessoa assim: tóxica. Mandou-me o seu charme envenenado e eu levei por tabela. Como me refiz desta inalação fedorenta da pessoa tóxica?
Fui aspirar a casa na minha hora de almoço.
Mas quando penso nisto, vejo como foi ridículo a minha forma de me purgar de gente assim. Tracei um novo plano. Quando me voltar a deparar por situações idênticas vou criar imagens mentais do que eu gostaria que acontecesse e assim pode ser que não precise de gastar gasóleo, nem energia.
Estava a pensar em algo assim do género:
Parece-me aceitável, certo?


quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Ressaca.

Faz hoje precisamente 26 dias seguidos que toda a minha família vê o Frozen. Estou há cerca de 12 horas a ressacar o Olaf. 
Posto isto, alguém com soluções para este problema?
Sei muito bem onde te enfiava essa cenoura!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Um flagelo em grande!

A sala do V. foi acometida pelo flagelo da piolhagem. Este fim-de-semana a malta levou um recado para casa para todos procederem ao piolhicídio. Como mãe orientada (assim gosto de me definir) lá tratámos da prevenção dos bichos, uma vez que o pequeno V. ainda não demonstrava sinais de hospedagem dos ditos. 
Ontem à tarde quando fui buscar o pequeno à escola, tenho um encontro com três meninas da sala  que, muito despachadas, iniciam e rematam a nossa espécie de conversa desta forma:
- Então meninas tudo bem? - pergunto.
- Ya! Nós temos bué piolhos - diz a primeira.
- Desculpa lá, eu tenho mais!- diz a segunda.
- Epá, que chatas! Temos todas piolhos pronto! - remata a terceira. 

É isto.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Encontros no shopping

Quem nunca cedeu à tentação de se enfiar num shopping em plena hora de ponta de saldos? 
Alguém por aí?
Ya, eu assumo. Já fui vítima do meu próprio cérebro reptiliano (montes de vezes!) Sou vítima do meu instinto animalesco que me obriga a comprar cenas muito abaixo do preço e que depois acabo por nunca usar [pausa, para me dar duas bofetadas...já está.]
Bom, mas o post de hoje não é sobre isto. Poderia estar para aqui a dissertar sobre a inflação, os lojistas, os looks, as pechinchas...mas a minha cena não é bem por aí.
[voltando ao shopping].
Sim, estive lá num desses domingos. Fomos comprar tinteiros para a impressora. Combatemos as filas (que remédio!), o M.C. bufou mais que o costume. O V. e a pequena C. tiveram que andar naqueles bichos que comem euros só para "abanicar" (existe esta palavra?) e espalhar magia musical nos corredores...entre outras coisas.
Enquanto o M.C. ficou na fila, o mais velho estava no cinema com a tia e eu fiquei com a pipoca ambas sentadas, num banco nada confortável, a "ver a banda passar". Até aqui tudo normal. Minutos depois,  fomos interrompidas por um senhor. Parecia que queria conversar, mas o que aconteceu a seguir não passou de um monólogo, pouco ou nada educativo, mas o suficientemente interessante para eu o "blogar" aqui.
Passo a contar-vos.
[Senhor na casa dos 70 e picos, dirigindo-se para a pequena C.]
- Ò menina, o tempo está bom é para ti. Eu também já tive a tua idade, sabias?
[Pausa. A C. olhava atentamente enquanto a chupeta se movimentava cada vez mais rápido]
(...)
[Senhor na casa dos 70 e picos, não obteve resposta da C., que por sua vez tem dois anos e estava a curtir umas chuchadelas...direciona o seu olhar para mim]
- Sabe senhora, eu sou viúvo há quase um ano. Tenho uma história muito triste. A minha mulher coitadinha trabalhou sempre na mesma fábrica. Era uma escrava do trabalho. Vinha para casa e fazia tudo enquanto eu me ocupava dos pinhais e dos terrenos. Um dia foi-se sentar no sofá, adormeceu por lá. Eu não fiz caso. No outro dia, quando me levantei estava lá morta. Mortinha. Ai coitadinha....
- Pois. - rematei.
[Mas ele não rematou. Continuou]
- Agora, tenho um filho a trabalhar em Lisboa e outro que estava na França que voltou para o pé de mim. Assim vou tendo alguma companhia. Mas ainda lhe digo mais...eu não me importava de ter alguém, assim uma senhora séria. Só para fazer o amor. Mas, como eu tenho dinheiro no banco, muitos terrenos e pinhais com pinheiros...elas querem é rapar-me os tostões! Então assim não quero nenhuma em casa. Essas são umas chulas. Então quando estou muito precisado, vou ter com elas e pago. Não ofendo ninguém, não é menina?
- Pois. - voltei a rematar.
[Mas ele não rematou. Continuou]
- Você não leva a mal o que eu estou para aqui a dizer pois não? É que não tenho com quem conversar e às vezes venho ao shopping e converso com as pessoas que por aqui andam.
[imagino]
E, num milagre, o M.C., chegou e eu despedi-me do senhor.
[Aqui para nós que ninguém nos "ouve", ò miúdas parece-me um bom partido, hein?]

Universo: Menos, mamã iogurte, menos!
Mamã Iogurte: Certo.
Era assim, meio parecido com este.