Naveguem por este mundo sem validade!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Querido 2015...

Vem lá o ano novo e obrigatoriamente, algumas reflexões.
Ora, ao ano velho quero dizer-lhe:

Ò seu grande ogre, foi durante a tua ditadura que aumentei o número de cabelos brancos, estrias e rugas nos olhos. Andas maluco com as estações do ano, trazes pólens e poeiras de vez em quando que dão cabo da saúde dos meus filhos. Às vezes, penso que és lento como uma lesma mas, na verdade, és um cabrão, marido gigante de uma cabra, cheio de pressa!

Posto isto, obrigada 2015 também fui muito feliz contigo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

5 Hábitos asquerosos do ser humano (e que eu já presenciei)

Ontem vi um senhor a tirar macacos do nariz sem qualquer problema ou pudor num local público. Nestas situações, eu funciono tipo íman, não consigo deixar de olhar (sim, eu sei...às vezes,  nada em mim é normal!), mesmo que isso me venha a causar pesadelos ou transtornos psicológicos mais tarde. 
Pensar sobre isto, fez-me lembrar 5 hábitos asquerosos que já presenciei:
1. Tirar as meias e cheirá-las (um clássico!)
2. Assoar-se e antes de fechar o lenço, observar atentamente os pormenores das secreções nasais (escrito assim a coisa até parece fina)
3, Tirar a cera dos ouvidos com dedo "mindinho" e depois sacudir para o ar enquanto se conversa com outra pessoa
4. Limpar a couve obstinada dos dentes com as unhas, enquanto se conversa com outra pessoa
5. Estar de saia, abrir as pernas e fazer xixi numa rua a descer! A descer, sempre se resolve a questão dos salpicos indesejados! 
Este também me parece interessante, mas nunca vi.
 Pena...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

"Eu sou uma super-mulher, eu sou uma super-mulher, eu sou uma super-mulher"

Adormeci no sofá até à meia-noite, sou capaz de ter disparado dois ou três mísseis a quem me quis, gentilmente, acordar para eu ir para a cama (desculpa lá M.C.!). Passadas duas horas, a pequena C. treinava saltitos na cama. Uma hora foi o tempo que eu demorei a adormecê-la novamente. Três horas depois acordava o V. a pedir o pequeno almoço. 
Posto isto, vou beber dois cafés e acreditar que me vou manter acordada nas próximas horas de trabalho.
 Entretanto, sou capaz de meter um ou dois pensamentos positivos na minha cabeça, para me sentir uma super-mulher...
...assim como esta.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Conversas com o meu filho #12

Ontem à noite, o meu filho V. recusava jantar. Já a perder argumentos e (a paciência também), resolvi de uma forma impulsiva dizer-lhe:
- Os meninos que não jantam correm o risco de ficar sem prendas, pois o Pai Natal quer que todos os meninos comam.
- Mas ele não está aqui, como é que ele sabe que eu não como? - perguntou indignado.
- Filho, ele está em todo o lado! - respondi convicta de que a conversa terminava por ali.
- O Pai Natal é como o Jesus? 
(...)
Pronto, tenho um filho beato.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Não há paciência!

Não tenho jantares de Natal marcados até ao final do ano, por isso, devo ser uma espécie em vias de extinção. Não é um lamento, é apenas uma constatação. Tenho observado uma preocupação crescente com este tema, junto de algumas pessoas, ouvindo coisas do genéro:
"ai e tal, tenho dois jantares no mesmo dia...etc..etc...não sei como vou fazer...blá, blá...o que é que eu devo vestir...e tenho de marcar a cabeleireira...e o que vou comer...não posso comer muitos doces, sou capaz de engordar dois kg em cada jantar, etc, etc..."
Eu sei o que se poderia fazer.
Vão ou então fiquem em casa, mas por favor, não me chateiem com essas crises existenciais...
...ou então vão comer moscas que essas, devem engordar menos!


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Carta aberta de uma mãe a todos os patrões deste país

Antes de começar, devo dizer que: faço parte daquela pequena percentagem em que a entidade patronal nunca me desrespeitou no que concerne às minhas faltas ao trabalho, pelo contrário, tem revelado sempre sensibilidade e compreensão. Infelizmente essa não é a realidade da maioria das mães com quem me deparo. A minha pequena C. está doente e ontem, no centro de saúde, ouvi um lamento/temor de uma mãe em pânico, caso tivesse de ficar em casa com o seu filho...por isso, hoje, impunha-se que eu escrevesse o que me vai na alma na tentativa de dar voz a quem não se pode fazer ouvir.

"Caríssimos e caríssimas pesssoas que detêm responsabilidades colossais, sobrecarga de stress e dotes especiais na gestão de recursos humanos, quero hoje relembrar-vos que:

1. A mulher trabalhadora, quando é mãe, desempenha para além da sua função profissional, um outro papel, numa dimensão tão maior que é impossível medir ou quantificar. Quando se é mãe,  é-se mãe a tempo inteiro, não existe relógio de ponto. Se porventura, tem memória de peixe e por algum motivo, nos vossos arquivos não cabem essas lembranças, então recordem: também nasceram de uma mãe e provavelmente, já são ou ainda estão para ser pais.

2. Filhos doentes querem a mãe por perto. Pois, quando se é mãe no verdadeiro sentido da palavra, também-se se é ambulância, enfermeira, comediante, nutricionista, médica, motorista e construtora de afetos. Por isso, não admira. Espantados? Eu não.

3. Ninguém quer faltar ao trabalho quando há filhos doentes. Filhos doentes é sinónimo de angústia, medo, tristeza e frustração. Quem gosta de sentir na pele tais sentimentos? Se faltássemos porque estamos a planear uma ida à República Dominicana...eu entenderia a vossa indignação.

4. "Faltamos muito, somos pouco produtivas, somos uma carga de trabalhos"? Talvez. Mas, somos mães e isso não é para todos. Eu diria: "Faltamos muito porque não temos alternativas, não escolhemos a doença, odiamos a doença, damos o nosso melhor, sempre convictas que mais seria impossível."

Áqueles que não se identificam com nada disto um bem haja por existirem!
Aos outros que leram isto até ao fim e engoliram em seco...nunca é tarde para mudar...quanto mais não seja, o pensamento!"
Era só isto, obrigada.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Sem palavras.

O meu filho encontrou, na rua, um ratinho bebé morto. A minha mãe, a avó, sugeriu fazer um funeral e uma sepultura ao dito ratinho, pois estava a perturbá-lo e a causar-lhe alguma angústia.
O pequeno não deixou, mas acabou por explicar-lhe:
"Avó, como é que ele respira debaixo da terra?"
A avó pediu sugestões.
E ele sugeriu colocá-lo em cima de um tronco, debaixo de folhinhas e acrescentou:
"Avó, assim ele não tem frio e quando quiser ir embora é só tirar as folhas".
Eu acho que ele imaginou algo parecido com isto. E...porque não?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Sou das pessoas mais sortudas do mundo!

Ontem, no meu trabalho, a meio de um desenho, perguntei à artista:
- Sabes que dia é amanhã? 
- Sei. É o dia do deficiente.
- O que é isso de "deficiente"?
- São pessoas que precisam.
- Precisam do quê?
- Ajuda para falar e andar.
(...)
Há dias especiais para lembrar datas especiais. 
Há dias especiais para lembrar marcos históricos. Há dias especiais para não se esquecer que existem. Há dias especiais. 
Dias como ontem. Dias como hoje. Dias em que as respostas nos mostram o que está para além dos nossos olhos. Dias em que as perguntas não fazem sentido. Dias em que sou lembrada que sou das pessoas com mais sorte no mundo. A sorte de estar lado a lado de gente incrível. 
Gente com adjetivo elevado ao expoente máximo.
Gente tão normal como eu. Gente tão especial como eu. Gente capaz de tudo e de nada. Gente que não esconde a alma. Gente que não tem medo de ser. Gente que me lembra a minha missão. Gente que me lembra que posso ainda ser melhor. 
Gente. 
Por tudo, pelo que me acrescentam, pelo que não me cobram, pelo que são, pelo que me fazem ser: obrigado minha gente.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Conversas com o meu filho #11

Íamos a passar na famosa avenida das árvores em Fátima, quando o pequeno (observador atento) me pergunta:
- Mamã, o que significa aquele sinal amarelo com uma cama?
- É um sinal que indica o caminho para hotéis.
...
Poderíamos ter ficado por aqui, mas como tenho o dom de complicar...acrescentei:
- Sabes, Fátima é um sítio onde vem muita gente rezar, muitos peregrinos. Vem de longe e tem de ficar a dormir cá.
...
Ele permanecia calado e eu voltei à carga de informação.
- Foi ali que apareceu a Nossa Senhora.
....
Muito calmamente e depois de toda a minha explicação, pergunta:
- Mamã, o Jesus já morreu?
- Já.
- Então, ele é como o Kurt Kobain!

(Tenho de começar a ponderar o que eu lhe ensino.)


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

10 ideias de presentes de Natal que eu já recebi, mas...não aconselho!

1. Pack de meias (quem oferece diz que não vincam, que o cós é ortopédico e coisa e tal).
2. Camisolas interiores ou termotebes.
3. Pacotes de bolacha baunilha dentro de umas meias ou uma cestinha de ovos frescos!
4. Panos de cozinha bordados com picot de renda (recebi-os quando entrei para a primária. Eu diria que dar peças de enxoval aos 6 anos é ter visão!).
5. Gel duche e desodorizantes que se compram na papelaria (tipo B.U. ou printil).
6. Robe (não tenho palavras).
7. Saco de água quente.
8. Lingerie sexy XXL (quem oferece diz que tem receio que não sirva. Quem recebe acha que definitivamente passou ao estado "baleia").
9. Caixa de bombons Mon Chéri (...se ainda fossem Ferrero Rocher).
10. Um guarda jóias com uma bailarina.
Pois.