Naveguem por este mundo sem validade!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Querido 2015...

Vem lá o ano novo e obrigatoriamente, algumas reflexões.
Ora, ao ano velho quero dizer-lhe:

Ò seu grande ogre, foi durante a tua ditadura que aumentei o número de cabelos brancos, estrias e rugas nos olhos. Andas maluco com as estações do ano, trazes pólens e poeiras de vez em quando que dão cabo da saúde dos meus filhos. Às vezes, penso que és lento como uma lesma mas, na verdade, és um cabrão, marido gigante de uma cabra, cheio de pressa!

Posto isto, obrigada 2015 também fui muito feliz contigo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

5 Hábitos asquerosos do ser humano (e que eu já presenciei)

Ontem vi um senhor a tirar macacos do nariz sem qualquer problema ou pudor num local público. Nestas situações, eu funciono tipo íman, não consigo deixar de olhar (sim, eu sei...às vezes,  nada em mim é normal!), mesmo que isso me venha a causar pesadelos ou transtornos psicológicos mais tarde. 
Pensar sobre isto, fez-me lembrar 5 hábitos asquerosos que já presenciei:
1. Tirar as meias e cheirá-las (um clássico!)
2. Assoar-se e antes de fechar o lenço, observar atentamente os pormenores das secreções nasais (escrito assim a coisa até parece fina)
3, Tirar a cera dos ouvidos com dedo "mindinho" e depois sacudir para o ar enquanto se conversa com outra pessoa
4. Limpar a couve obstinada dos dentes com as unhas, enquanto se conversa com outra pessoa
5. Estar de saia, abrir as pernas e fazer xixi numa rua a descer! A descer, sempre se resolve a questão dos salpicos indesejados! 
Este também me parece interessante, mas nunca vi.
 Pena...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

"Eu sou uma super-mulher, eu sou uma super-mulher, eu sou uma super-mulher"

Adormeci no sofá até à meia-noite, sou capaz de ter disparado dois ou três mísseis a quem me quis, gentilmente, acordar para eu ir para a cama (desculpa lá M.C.!). Passadas duas horas, a pequena C. treinava saltitos na cama. Uma hora foi o tempo que eu demorei a adormecê-la novamente. Três horas depois acordava o V. a pedir o pequeno almoço. 
Posto isto, vou beber dois cafés e acreditar que me vou manter acordada nas próximas horas de trabalho.
 Entretanto, sou capaz de meter um ou dois pensamentos positivos na minha cabeça, para me sentir uma super-mulher...
...assim como esta.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Conversas com o meu filho #12

Ontem à noite, o meu filho V. recusava jantar. Já a perder argumentos e (a paciência também), resolvi de uma forma impulsiva dizer-lhe:
- Os meninos que não jantam correm o risco de ficar sem prendas, pois o Pai Natal quer que todos os meninos comam.
- Mas ele não está aqui, como é que ele sabe que eu não como? - perguntou indignado.
- Filho, ele está em todo o lado! - respondi convicta de que a conversa terminava por ali.
- O Pai Natal é como o Jesus? 
(...)
Pronto, tenho um filho beato.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Não há paciência!

Não tenho jantares de Natal marcados até ao final do ano, por isso, devo ser uma espécie em vias de extinção. Não é um lamento, é apenas uma constatação. Tenho observado uma preocupação crescente com este tema, junto de algumas pessoas, ouvindo coisas do genéro:
"ai e tal, tenho dois jantares no mesmo dia...etc..etc...não sei como vou fazer...blá, blá...o que é que eu devo vestir...e tenho de marcar a cabeleireira...e o que vou comer...não posso comer muitos doces, sou capaz de engordar dois kg em cada jantar, etc, etc..."
Eu sei o que se poderia fazer.
Vão ou então fiquem em casa, mas por favor, não me chateiem com essas crises existenciais...
...ou então vão comer moscas que essas, devem engordar menos!


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Carta aberta de uma mãe a todos os patrões deste país

Antes de começar, devo dizer que: faço parte daquela pequena percentagem em que a entidade patronal nunca me desrespeitou no que concerne às minhas faltas ao trabalho, pelo contrário, tem revelado sempre sensibilidade e compreensão. Infelizmente essa não é a realidade da maioria das mães com quem me deparo. A minha pequena C. está doente e ontem, no centro de saúde, ouvi um lamento/temor de uma mãe em pânico, caso tivesse de ficar em casa com o seu filho...por isso, hoje, impunha-se que eu escrevesse o que me vai na alma na tentativa de dar voz a quem não se pode fazer ouvir.

"Caríssimos e caríssimas pesssoas que detêm responsabilidades colossais, sobrecarga de stress e dotes especiais na gestão de recursos humanos, quero hoje relembrar-vos que:

1. A mulher trabalhadora, quando é mãe, desempenha para além da sua função profissional, um outro papel, numa dimensão tão maior que é impossível medir ou quantificar. Quando se é mãe,  é-se mãe a tempo inteiro, não existe relógio de ponto. Se porventura, tem memória de peixe e por algum motivo, nos vossos arquivos não cabem essas lembranças, então recordem: também nasceram de uma mãe e provavelmente, já são ou ainda estão para ser pais.

2. Filhos doentes querem a mãe por perto. Pois, quando se é mãe no verdadeiro sentido da palavra, também-se se é ambulância, enfermeira, comediante, nutricionista, médica, motorista e construtora de afetos. Por isso, não admira. Espantados? Eu não.

3. Ninguém quer faltar ao trabalho quando há filhos doentes. Filhos doentes é sinónimo de angústia, medo, tristeza e frustração. Quem gosta de sentir na pele tais sentimentos? Se faltássemos porque estamos a planear uma ida à República Dominicana...eu entenderia a vossa indignação.

4. "Faltamos muito, somos pouco produtivas, somos uma carga de trabalhos"? Talvez. Mas, somos mães e isso não é para todos. Eu diria: "Faltamos muito porque não temos alternativas, não escolhemos a doença, odiamos a doença, damos o nosso melhor, sempre convictas que mais seria impossível."

Áqueles que não se identificam com nada disto um bem haja por existirem!
Aos outros que leram isto até ao fim e engoliram em seco...nunca é tarde para mudar...quanto mais não seja, o pensamento!"
Era só isto, obrigada.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Sem palavras.

O meu filho encontrou, na rua, um ratinho bebé morto. A minha mãe, a avó, sugeriu fazer um funeral e uma sepultura ao dito ratinho, pois estava a perturbá-lo e a causar-lhe alguma angústia.
O pequeno não deixou, mas acabou por explicar-lhe:
"Avó, como é que ele respira debaixo da terra?"
A avó pediu sugestões.
E ele sugeriu colocá-lo em cima de um tronco, debaixo de folhinhas e acrescentou:
"Avó, assim ele não tem frio e quando quiser ir embora é só tirar as folhas".
Eu acho que ele imaginou algo parecido com isto. E...porque não?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Sou das pessoas mais sortudas do mundo!

Ontem, no meu trabalho, a meio de um desenho, perguntei à artista:
- Sabes que dia é amanhã? 
- Sei. É o dia do deficiente.
- O que é isso de "deficiente"?
- São pessoas que precisam.
- Precisam do quê?
- Ajuda para falar e andar.
(...)
Há dias especiais para lembrar datas especiais. 
Há dias especiais para lembrar marcos históricos. Há dias especiais para não se esquecer que existem. Há dias especiais. 
Dias como ontem. Dias como hoje. Dias em que as respostas nos mostram o que está para além dos nossos olhos. Dias em que as perguntas não fazem sentido. Dias em que sou lembrada que sou das pessoas com mais sorte no mundo. A sorte de estar lado a lado de gente incrível. 
Gente com adjetivo elevado ao expoente máximo.
Gente tão normal como eu. Gente tão especial como eu. Gente capaz de tudo e de nada. Gente que não esconde a alma. Gente que não tem medo de ser. Gente que me lembra a minha missão. Gente que me lembra que posso ainda ser melhor. 
Gente. 
Por tudo, pelo que me acrescentam, pelo que não me cobram, pelo que são, pelo que me fazem ser: obrigado minha gente.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Conversas com o meu filho #11

Íamos a passar na famosa avenida das árvores em Fátima, quando o pequeno (observador atento) me pergunta:
- Mamã, o que significa aquele sinal amarelo com uma cama?
- É um sinal que indica o caminho para hotéis.
...
Poderíamos ter ficado por aqui, mas como tenho o dom de complicar...acrescentei:
- Sabes, Fátima é um sítio onde vem muita gente rezar, muitos peregrinos. Vem de longe e tem de ficar a dormir cá.
...
Ele permanecia calado e eu voltei à carga de informação.
- Foi ali que apareceu a Nossa Senhora.
....
Muito calmamente e depois de toda a minha explicação, pergunta:
- Mamã, o Jesus já morreu?
- Já.
- Então, ele é como o Kurt Kobain!

(Tenho de começar a ponderar o que eu lhe ensino.)


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

10 ideias de presentes de Natal que eu já recebi, mas...não aconselho!

1. Pack de meias (quem oferece diz que não vincam, que o cós é ortopédico e coisa e tal).
2. Camisolas interiores ou termotebes.
3. Pacotes de bolacha baunilha dentro de umas meias ou uma cestinha de ovos frescos!
4. Panos de cozinha bordados com picot de renda (recebi-os quando entrei para a primária. Eu diria que dar peças de enxoval aos 6 anos é ter visão!).
5. Gel duche e desodorizantes que se compram na papelaria (tipo B.U. ou printil).
6. Robe (não tenho palavras).
7. Saco de água quente.
8. Lingerie sexy XXL (quem oferece diz que tem receio que não sirva. Quem recebe acha que definitivamente passou ao estado "baleia").
9. Caixa de bombons Mon Chéri (...se ainda fossem Ferrero Rocher).
10. Um guarda jóias com uma bailarina.
Pois.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Ops...

Pois.
Eu pensei que este dia nunca chegaria...mas na manhã de sábado o M.C, perguntou-me:
- Onde é que estão aquelas calças de bombazine cinzentas?
- Então...(ligeira pausa)... dei-as há mais de 2 anos!
(Vens a tempo M.C., vens a tempo!!)

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

10 coisas que me deixariam ainda mais feliz!

Eu.

1. O marido dizer: "fica a dormir, tu precisas mais que eu".
2. Saber sempre, quando devo permanecer calada ou quando devo falar (às vezes, tenho em mim uma grande confusão,preciso de me disciplinar!)
3. Dormir 8h seguidas!
4. Ser acordada todos os dias pelo V. com beijnhos nos olhos (sem birras de preferência!)
5. Os cocós da pequena C. funcionarem como um relógio suiço.
6. O meu marido ter uma insanidade temporária e frenética em que só ele pode fazer as coisas nas horas da limpeza da casa e confeção do jantar.
7. Comer chocolate  "à hora que eu quiser" sem consequências ;)
8. Poder fazer "comprasterapia" nos momentos mais questionáveis da minha saúde mental.
9. Ganhar o euromilhões (um clássico).
10. Não ter nunca que fazer a depilação! (mesmo a laser que dói que se farta!)

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Se tens voz grossa, pêlos no peito e dois tintins (um também dá)...

....hoje o iogurte é para ti! (Ainda bem que clicaram!)
Bem-vindos a este blog!
Há por aí um flagelo! A sério!! Eu pensava que já estava extinto há uns anos, mas enganei-me. Ainda se encontram espécimes sobreviventes. Mas, a minha esperança reside em vocês.
Querem saber do que trata este alarido todo?
Vou explicar.
Pois bem, estava eu numa fila de supermercado quando me dou de caras com algo deste género:
Daqui até a andar a usar halibut vai um passo!

Por favor, se querem usar calças apertadas, a dividir os testículos, ao menos façam-no com estilo! Tipo isto:
Cá está um grande exemplo.

...Ou talvez não.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Conversas com o meu filho #10

Pai e filho vinham apressados a chegar à sala. Vi logo que não traziam bom humor. Nisto, para tentar perceber o sucedido, pergunto ao pai:
- Mas o que aconteceu de tão grave?
Responde logo o pequeno V.
- Nada de grave mamã. Eu só fiz ouvidos moucos ao papá, mais nada.
Onde é que o miúdo aprende estas coisas?!

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O iogurte dos outros (#14)

"Um destes dias, uma das filhas deste devorador de iogurtes, apesar de não ter idade para frequentar as catequeses dominicais lá da terra pediu para acompanhar a irmã mais velha e assim assistir à sessão da manhã. Mais tarde nesse dia a dita cuja M., como é apanágio nomear as pessoas deste sitio (excepto o M.C. que aparece com todas as suas consoantes e vogais), fazendo uso da sua curiosidade lá se dispôs a observar que na catequese existe uma pessoa chamada “pois és”. Mois é querida M., mois é…"
É este o gajo M.!

Iogurte enviado por G. V.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Isto vai para o muro das lamentações!

Nem sei bem por onde começar. 
As coisas chateiam-me quando deixam de ser coisas para passar a ser COISAS. Sim, as coisas não fazem moça, mas as COISAS são piores que pedras no sapato! Vamos lá ver se me entendem de uma vez por todas:

1. Se me virem com mau aspeto, tipo cabelo despenteado ou até uma meia de cada cor, não se preocupem, pois os meus neurónios ainda estão intactos.

2. Se me virem na estrada a andar devagar, por favor não apitem, fico nervosa. O meu passo é mesmo assim, sobretudo porque transporto crianças comigo. E também, nunca fui dada ao estilo da gaja que conduz depressa.

3. Aos conhecidos: o valor das pessoas não se vê por fora, não se mede com fita métrica, não se pesa com balança, nem se lê no horóscopo da revista Maria. Aos amigos, obrigado por me "autopsiarem" sempre que eu preciso.

4. Não ir a eventos sociais com frequência não é sinal direto de que se está fechado para o mundo ou mesmo para a vida. É possível ser feliz, num serão à lareira a comer nozes com figos secos ou então a ver uma série na televisão.  

5. Respeitar quem nos quer bem não deixa dúvidas, não causa moça, não transforma as coisas em COISAS. 

É isto por hoje.

Embora varrer as COISAS?

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Fui provocada por uma leitora do blog!

Ora, este blog costuma ter como apanágio o bom gosto, o glamour, a cultura e ainda bons conselhos e vem uma leitora enviar-me a seguinte imagem:

Posto isto, vou dar uma de femininista e perguntar-vos:
- Então e dar baile aos óvulos? ãh?
Caramba até nisto querem ser os primeiros. 
Porra.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Atenção, pode dar em divórcio...

...se, secretamente, gravares o conjuge a dormir, ou melhor a ressonar (se ainda não o fizeste, por favor, não faças...é capaz de dar barraca!)
Bom, mas pior que mostrar que dentro de mim há um ogre (que eu jurava a pés juntos não exisitir), é mostrar ao meu filho de 4 anos que a mamã pode produzir sons assustadores durante a noite. Por enquanto, a C. só ri quando ouve, não emite opinião, senão a minha reputação materna estava perdida!
Mais uma como esta, peço uma indeminização ao M.C. por danos morais! Enquanto isso não acontece, todos os sons assustadores, inoportunos ou até mesmo sem intenção que sucedem por estes lados, serão sempre atribuídos ao papá M.C., mesmo que ele esteja a km de distância.

Também não é motivo para tanto.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Orgulho nas minhas cadelas #01

Quando as minhas cadelas ainda moravam debaixo do mesmo tecto que eu, ou seja, antes dos filhos, quando sobrava tempo para aspirar trinta mil vezes as bolas de pêlo que minavam a casa...(os labradores parecem quase ovelhas) um dia, veio a nossa casa, uma visita pouco habitual e inesperada.  
Cá estão: Mia & Sushi.
A Mia, a mais lady, foi logo ter com ela a abanar o rabo de contente (uma vendida portanto!). Tudo corria bem até o momento em que ambas (Mia e Sushi) foram cheirar o rabo à senhora. Ora se tivesse sido coisa de 3 segundos, esta história nunca teria aflorado na minha memória mas, não foram 3 segundos. 
Conseguem imaginar aquele comportamento típico canino de farejar (numa desenfreada descoberta), empurrando com o nariz vigorosamente entre duas nádegas?
Não consegui arranjar melhor exemplo.
Eu e o MC não estávamos em nós! Queríamos à força que a largassem...mas o comportamento obstinado é uma carateristica tramada. Os olhares da senhora eram cada vez mais reprovadores e fulminantes. 
A dita senhora nunca mais cá voltou. 
Como gostaria que ela soubesse que as cadelas já não moram em casa, que ela já pode voltar a visitar-nos à confiança. 
Garantimos imunidade entre paredes, mas não garantimos que a passagem pelo jardim se faça de modo pacífico. 
Um rabinho novo é sempre um rabinho novo!
Isso.


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Tenho de rever o meu QI!

Eu sei, mas não digo ;)
Eu não percebo nada de política.
Percebo tanto de política como de futebol ou de sistemas de controlo de gases tóxicos de carros de grande cilindrada. Percebo tanto de política como percebo da mecânica do meu carro ou de telemóveis topo de gama. Percebo tanto de política como de maquilhagem ou da bolsa de valores.
Epá, sou uma totó não especialista a perceber coisas! Mas, às vezes, até dá jeito o rótulo (por exemplo quando não se quer perceber coisas que o conjuge diz e fico por aqui).
Bom, mas quando há coisas que nos fazem sentido, parece que ficamos a perceber tudo.
Querem um exemplo?
Então, dizia uma amiga lá do trabalho, momentos antes da "queda do governo":
- Ando num estado tão letárgico que ontem, ao ouvir o jornal da noite e todas estas reviravoltas políticas só retive que o próximo governo irá repor os feriados...politicamente, mesmo à pobre!...
...
E já agora que se fala do assunto, alguém me sabe dizer se isso vai acontecer?
Só naquela...
E o que isso interessa quando estamos sem governo?!



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Conversas com o meu filho #09

O meu pequeno anda meio obecado com a roda dos alimentos. 
Tudo é alvo da sua avaliação de acordo com a dita roda. Até aqui tudo bem. 
Mas, às vezes, ele acaba por subverter os ensinamentos de acordo com os seus interesses.
Fiquem com o exemplo ilustrativo.
- Mamã, dás-me uma bolacha?
- E as bolachas estão na roda dos alimentos? - Perguntei.
(...)
Seguiu-se um silêncio e um sorriso. Prossegui,
- Tenho aqui bolacha Maria, queres?
- Não, mamã. Não gosto dessas. Por acaso, não tens aí OREO? Disse ele, sabendo perfeitamente qual era o conteúdo do armário.
- Ok, pode ser. 
Enquanto lhe dava uma, ele interrompe:
- Mamã, duas se faz favor!
- Duas não.  Isso é muito.
- Não, mamã...não percebeste. Uma de cada vez!
Pois...

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Não sou nada porca, ouviram?

Ontem, andei a mudar e a arrumar a minha sala, no trabalho. Como sou cachopa de pouco músculo , solicitei ajuda a dois dos "meus meninos", para transportar um móvel que mais parecia chumbo!
Vieram dois ajudantes. Vinham bem dispostos e prontos a colaborar!
Mais tarde, enquanto eu arrumava dossiers e livros no móvel, ouvi a seguinte conversa entre eles:
- Foscasse a Rita tem isto tudo sujo. Está tudo porco.
- Mau, a Rita não é porca. Não lhe chamas isso, ouviste? Ela é só um bocadinho desarrumada!
(...)
A ser porca, então que fosse uma como esta: grande e imponente!


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

2º Episódio: O facebook da minha sogra

A minha sogra veio cá a casa e, entre outros assuntos, disse-me:
- Eu hoje fiz um comentário no teu iogurte! Disse, rindo-se.
Pára tudo. Estou a perder o controlo e está eminente a hecatombe dos comentários de sogras!
- A sério? Não vi. A que horas comentou?
- Ah..foi de manhã!
- Então não estava lá. Como é que fez? Armando-me em Sherlock.
- Escrevi e aquilo fez barulho.
Um "barulho" mais ou menos assim?

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Que parva!

Ontem encontrei uma colega de liceu que já não via há imenso tempo.
Passados 5 minutos, a dita colega faz a seguinte observação:
- Estás com imensas olheiras e já se notam as rugas...que engraçado!
(...)
Ora, logo num dia que eu até usei um creme com cor...não há direito! Engraçado?!
Depois disto, na minha mente a ideia era a seguinte:

Mas, contive-me...e respondi:
- Olha e eu que pensava que o meu creme disfarçava tudo!



quinta-feira, 5 de novembro de 2015

E o meu marido quebrou o silêncio...

....

...e fez o seu primeiro comentário neste blog!
Pontos positivos: 
1º Ele lê
2º Fez comentário antes do 1º aniversário do blog (Janeiro de 2016)
3º Demonstrou apoio neste meu projeto pessoal.
4º Perdeu 1 minuto para escrever!
Agora, em relação ao comentário tenho a dizer: 
1º Não é lamechas...
2º Muito menos romântico...
3º...poderia ser uma declaração pública do apreço que tem pela esposa...
4º...mas não...
Foi isto:
Comentário relativo ao post de ontem sobre o meu polegar.

Como podem ver, o meu marido é excelente na tarefa de levantar a moral e dar auto-estima. Posto isto, sou capaz de iniciar nova rubrica "Os conselhos do Micael Carreira", caso surgam por aí problemas e traumas que vocês gostariam de ver resolvidos.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Traumas da minha infância #02

Hoje é dia de trauma (e nada de sorrisinhos que é coisa séria!).
Eu aparento mais ou menos isto (mas um bocadinho mais fofinha)

Um parêntesis introdutório: 
Esta merda do bullying é uma cena que me revolve as entranhas e as devolve centrifugadas e sem capacidade de laborar!

Isto não vai ser fácil, por isso, não vou acrescentar palavras ou rodeios.
Cá vai!
Eu tenho polegar com a unha grande e achatada. Convivi com isso desde que me lembro de ser gente. Os meus pais diziam coisas do género: "ai não fui eu que fiz este dedo, deve ser dos teus genes!".
E eu achei sempre graça. Juro!
Até o dia...
...em que, no 5º ano, um miúdo chega perto de mim e pergunta:
- Olha, caíu-te um tijolo em cima do dedo?
...
E é por isso que ainda hoje odeio pintar as unhas.
Cá está a prova e na wikipedia diz que a coisa é séria.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Braquidactilia

terça-feira, 3 de novembro de 2015

10 motivos que provam que não és/sou má mãe

De vez em quando tenho dias, horas, minutos e frações de segundos em que o mundo desaba e eu tento lembrar-me que...

1. É normal sentir cansaço. Por enquanto ainda não tenho super poderes e a falta de sono dá moca a qualquer pessoa.

2. Cozinhar no forno congelados pré-feitos não é desleixo. É melhor que não ter nada, certo? O dom dos cozinhados elaborados não quer nada comigo, e a bimby ainda não cabe na minha carteira!

3. Adormecer a amamentar não é negligência ou descuido. Até pode ser sinónimo de empatia para com a bebé, sendo que o tempo está a ser aproveitado pelas duas.

4. Acordar o pai das crianças para dividir "despesa" durante o trabalho árduo noturno de mudar fraldas, ver febres, aconchegar mantas, acalmar pesadelos...não é "vingança" ou "maldade" porque o pai ressona, mas é a ordem natural das coisas (mesmo que ele não ache!).

5. Não dar todos os brinquedos que nos pedem a toda a hora e "travar" os avós nalgumas dessas loucuras, não é má vontade...é educação.

6. Defender um filho em qualquer circunstância nunca é despropositado. 

7. As birras são malevolas, odiosas e asquerosas. Mas existem. Fazem parte do desenvolvimento. A culpa 85% das vezes não é vossa/minha. A culpa é do sistema nervoso central (que gosta de fazer basqueiro e de ser o centro das atenções enquanto se desenvolve!). Por isso, quem disser que andamos a "estragar" os filhos a "fazer vontades", a criar "pequenos monstros" e que acha que a auto-determinação só pode existir para os adultos, para esses vai um grande: F ****!

8. Nem sempre me apetece brincar à hora que sou solicitada. Tenho esse direito, acho eu. Os filhos também podem e devem conhecer os nossos ritmos. A espera mútua bem gerida, pode evitar tristeza, amúos e mau-estar. Brincar é a profissão dos filhos e dos pais...mas também pode haver pequenas folgas!

9. Os medos e inseguranças dos nossos filhos afetam-nos. Ou melhor, afetam-me e ponto final. Não é por isso que nos/me podem rotular como "super protetora" ou "patologicamente esquisita" ou sorrir com esgar quando se partilha algo relacionado com isso.

10. Ninguém ama mais os seus filhos que os pais. Por isso, para quem gosta de dar palpites, mandar uns bitaites sobre o que desconhece absolutamente, por favor, deixem-nos amar incondicionalmente e se precisarmos de ajuda..nós pedimos ok? 
....
A não ser que tenhamos uma afasia e aí temos de ir primeiro à terapia da fala.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Conversas com o meu filho #10

Na madrugada de sábado tive de ir ao hospital (depois de muito ponderar a decisão)  com o pequeno V. O problema era a tosse, ou melhor, a asma.
A caminho do hospital a tosse cessou e manteve-se hibernada durante todo o tempo de espera.
Com receio que me considerassem louca por estar ali com uma criança de 4 anos, à 1h da manhã sem qualquer sintoma, sou capaz de ter dito o seguinte ao pequeno:
- Filho, quando estiveres no consultório do doutor tens de tossir, está bem?
- Porquê mamã se eu não tenho tosse?
- Porque sim, porque viémos cá por causa disso - disse eu (a roçar a loucura...admito!)
- Está bem, eu guardo uma tossica.
(...)
Maybe.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Unhas de rã, macacos do nariz e ranho de ratazana...

...seria o remédio caseiro que eu daria às pessoas mal educadas que eu tenho o desprazer de conhecer!
Hoje é sexta-feira e eu quero exorcizar os olhares malévolos, as salivas vãs e inúteis que saem de bocas mal amadas ou então mal formadas, "podres" portanto.
Se encaixas nalgum destes perfis, então...olha, estás na minha lista negra (riso maquiavélico).
Ihihihihihihihihihihihih
Espreitem os 5 tipos de pessoas (cuja educação no meu ponto de vista não é o seu forte) que vou dissecar sem dó nem piedade! 
Pessoas mal educadas, diria eu, burgessas, ursas e toscas são aquelas que:

1.em formações, falam ao mesmo tempo que os oradores e dizem coisas do género: "já sei isso. Vá diz alguma coisa que eu não saiba. Isso? Já não se usa esse termo."

2. arrotam sem querer e depois dizem em sua defesa: "o quê? nunca viste? "

3.  se descuidam com metano humano e, em vez de ignorar ou pedir desculpa pelo descuido fedorento, dizem: "a médica diz que não posso guardá-los! Por isso, se quiser mude de sítio"

4. estão a guardar lugar nas mesas do shopping, sem tabuleiro, em plena hora de ponta e fingem que estão ali em modo holograma e evitam o olhar das famílias numerosas com miúdos esfomeados e tabuleiros apinhados de comida.

5. se sentam nas cavalitas de alguém para ver um concerto e que acham que todos os que estão atrás  deles, tem um pescoço de "Inspector Gadjet". 

Perguntam:
- Já tiveste o infortúnio de viver estas situações?
Respondo:
- Já.
Ya.



quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Conversas com o meu filho #09

Percebo que o meu filho V. está a crescer quando acontece algo do género:
- Filho, come a canja se faz favor. 
- Sim, mamã.
Mas, usar a colher parecia não estar nos seus planos, portanto, insisti.
- Vá...tu disseste que estavas cheio de fome!
- Mas a canja não está na roda dos alimentos por isso, não preciso de a comer!
Maldita!

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Estou tramada com F grande (eufemismo bonitinho)

Não me conformo.
O meu computador morreu. 
Estou à beira de um colapso nervoso, pois posso perder todos os meus documentos. Resolvi partilhar isto convosco, com a convicta ideia de que me iria sentir melhor! Mas isto de catártico hoje não tem nada, de maneiras que só me resta é lamentar.
Enquanto não vem do arranjo, uso o computador do M.C. e tem havido chatices (gajos!)
Por isso, ontem à noite, vim à socapa escrever este iogurte, no meio de um jogo do FM que acabou por bloquear. Ele não chegou a saber pois eu reiniciei e disse-lhe, convenientemente, que tinham sido atualizações (a esta altura já sabe).
Sou capaz ficar de castigo.



terça-feira, 27 de outubro de 2015

Pérolas por este mundo fora #02

Sim, sim! Ponham os olhos nestes coreanos que arranjam óptimos programas de fim-de-semana,  quem sabe assim, não tínhamos por aí museus às moscas.
Eu não sabia, mas fiquei a saber que existe um museu que faz uma célere homenagem às sanitas. É verdade, este tão desprezado e solitário objeto é finalmente reconhecido e valorizado.
Aqui fica o tour turístico.




A entrada neste museu é grátis. É sempre bom saber.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Traumas da minha infância #01

Ontem, em conversa com uma amiga, relembrei um trauma antigo. É verdade, não imaginam como isso me marcou.
Não vou entrar em rodeios. Devem estar ansiosos para saberem (assim gosto de imaginar), por isso, cá vai:
Trauma nº1: Eu nunca tive nenhuma Barbie.
Talvez seja por isso que eu não seja uma blogger da moda. Não tenho jeito nenhum para combinar roupas ou para escolher bijuteria e/ou acessórios de moda.
Voltando ao trauma.
O melhor e mais parecido que eu e a minha irmã tínhamos era uma Darling. 
Tudo seria perfeito e mágico, se ela não tivesse os pés chatos!
Mais tarde, como não tínhamos Ken, e eu a minha irmã vingámo-nos da Darling, cortámos-lhe o cabelo e tirámos-lhe a roupa. Servia perfeitamente para o efeito.
Moral da história: mudança de sexo? É tudo uma questão de perspetiva.
Cá está ela.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Conversas com o meu filho #08

Fui buscar o V. ao ATL e enquanto falava com uma das funcionárias, assisti a um desaguisado entre amigos que acabou por correr mal.
No carro conversámos sobre o sucedido.
- Filho, não devemos bater aos amigos, nem a ninguém. Bater nunca é a solução. O que achas que poderias ter feito em vez de bater no amigo?
Pausa.
O V. estava pensativo e eu esperançada numa resposta que revelasse aprendizagem do comportamento mais adequado.
- Mamã...o que quer dizer solução?
(...)
Para mim?! Ya...tens razão!