"Caríssimos e caríssimas pesssoas que detêm responsabilidades colossais, sobrecarga de stress e dotes especiais na gestão de recursos humanos, quero hoje relembrar-vos que:
1. A mulher trabalhadora, quando é mãe, desempenha para além da sua função profissional, um outro papel, numa dimensão tão maior que é impossível medir ou quantificar. Quando se é mãe, é-se mãe a tempo inteiro, não existe relógio de ponto. Se porventura, tem memória de peixe e por algum motivo, nos vossos arquivos não cabem essas lembranças, então recordem: também nasceram de uma mãe e provavelmente, já são ou ainda estão para ser pais.
2. Filhos doentes querem a mãe por perto. Pois, quando se é mãe no verdadeiro sentido da palavra, também-se se é ambulância, enfermeira, comediante, nutricionista, médica, motorista e construtora de afetos. Por isso, não admira. Espantados? Eu não.
3. Ninguém quer faltar ao trabalho quando há filhos doentes. Filhos doentes é sinónimo de angústia, medo, tristeza e frustração. Quem gosta de sentir na pele tais sentimentos? Se faltássemos porque estamos a planear uma ida à República Dominicana...eu entenderia a vossa indignação.
4. "Faltamos muito, somos pouco produtivas, somos uma carga de trabalhos"? Talvez. Mas, somos mães e isso não é para todos. Eu diria: "Faltamos muito porque não temos alternativas, não escolhemos a doença, odiamos a doença, damos o nosso melhor, sempre convictas que mais seria impossível."
Áqueles que não se identificam com nada disto um bem haja por existirem!
Aos outros que leram isto até ao fim e engoliram em seco...nunca é tarde para mudar...quanto mais não seja, o pensamento!"
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Era só isto, obrigada. |
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