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quinta-feira, 7 de maio de 2015

"És cruel. Meteste a tua filha num bordel. Enforcaste o teu caniche a um cordel. És cruel."

Nestes últimos dias, muito se tem falado, do bullying no último programa dos Ídolos e o anti-bullying do Cristiano Ronaldo quando, em defesa de um miúdo japonês, perguntou porque estava a plateia toda a rir.
Se eu fosse a ti Cristiano...
Ao pensar nisto, lembrei-me que quando andava na escola primária, eu também posso ter cometido alguns delitos. Entenda-se por "delitos", actos menos heróicos visando um menor bem-estar dos outros, por assim dizer. Vou deixar-me de rodeios! 
O que eu vos quero contar é que eu também posso ter sido uma bully!
Não é preciso tanto, vá.
Mas, antes de continuar, tenho apenas a dizer que também eu cheguei a ser vítima de bullying. 
No 5º ano, levava uns sopapos nas costas e pontapés nas canelas, só porque não dava dinheiro a um puto que, atualmente, está preso. Porque será?
Cá se fazem, cá se pagam.
Vou deixar o meu relato para vossa apreciação.
Estávamos na 2ª classe e éramos poucos, numa escola da aldeia. Eu tinha um amigo com alguns cabelos a mais e uma dita "monocelha". 
Um exemplo de monocelha.
Um dia disse-lhe:
"Xii, tu tens tantos pelos nas sobrancelhas!"
No outro dia apareceu sem elas, pois tinha-se depilado com uma gillete. A professora chamou a mãe preocupada com o estado psicológico do menino. 
E eu entrei em pânico, está claro! Pois percebi que tinha sido eu a causar aquela intempérie. 
Se eu tivesse terminado o iogurte aqui, vocês, provavelmente, estariam agora a pensar: 
"As crianças não têm noção. Coitada, não deve ter feito por mal! Provavelmente disse aquilo sem ter noção das consequências!"
Esta história poderia encaixar muito bem neste tipo de formato.

Pois...Não pensem em nada ainda, que o pior vem a seguir.
Nesse dia à tarde, fui ter com ele e disse-lhe:
- Ai de ti que contes à tua mãe que eu te disse que tinhas muitos pelos nas sobrancelhas. Não sou mais tua amiga e digo a todos que cheiras mal.
E pronto.


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