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quinta-feira, 19 de março de 2015

Sim...porque tu, um dia, também poderás ser pai...

Escrevo para ti...

...pai assumido, pai ao quadrado, pai em construção, pai em imaginação, pai aos fins-de-semana, pai quinzenal, pai de seres vivos, pai de afeição, pai de quilómetros, pai de trabalho, pai do coração, pai de pai, pai de amizade, pai da lua, pai do céu, pai das estrelas e do sol, pai que agarra na mão, na pele, no músculo e no sangue ...e sabe porquê, porque é simplesmente pai.

Palavra universal que dizemos infinitas vezes, para infinitos motivos, dúvidas, medos ou certezas. Mas quando te chamamos..tu escutas, tu assumes e cuidas. Quem é pai, seja em que verbo, conjugação, língua, país ou circunstância, sabe o que é amar, cuidar, guardar e proteger.

Saberás sê-lo porque o teu código genético o permite. Uma definição redutora? Talvez..mas para mim essa é a única explicação lógica, para que o injustificável se compreenda, o impensável se reconheça...

Do que falo? Daqueles cuja junção das três letras não se traduz na poética do amor, daqueles que não distinguem o bem do mal. Daqueles que preconizam a violência, o abuso e o desrespeito pelo filho seja ele em que forma ou substância for.

A esses...digo apenas, lamento...lamento que os genes e o ambiente vos tenham sido madrastos. Lamento que isso se transforme no sofrimento dos outros.
Lamento...

Sim...porque tu, um dia, também poderás ser pai...


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