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sábado, 4 de maio de 2019

Disse Fêmea

Acordada desde as 5h da manhã (ultimamente tem sido uma prática comum), sem conseguir dormir, tento perceber em que momento da minha criação me foi acrescentada a alma de felina noctívaga (até porque não uso nenhuma caixinha de areia) e ainda, porque eu teimo em ter banda sonora para os meus pensamentos, quando à minha volta reina o silêncio dos movimentos dos olhos REM dos meus mais que tudo. Anseio urgentemente por um botão que me desligue do que me transtorna e preocupa. Desejo-o como se tratasse do último balão de oxigénio disponível no mundo. Enquanto constato que não passa, nem passará, de uma utopia (diria até infantil), resta-me dar voz à música que embala as minhas sinapses.

Mal eu sabia

Que a vida rouba os sonhos
Mal eu sabia
Que o mundo nos desmama
De paixões surdas,
Cava na cara
Sulcos secos,
Sulcos secos
(in Disse Fêma, Jorge Palma)

Talvez exista mesmo um felino dentro de mim.

3 comentários:

  1. Quem sabe, quem sabe. Ao longo da vida, vamos descobrindo características que julgávamos não ser nossas. Nunca estamos acabados até que chegue o final dos nossos dias ;)

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    1. Verdade. Que outras coisas ainda aguardam por nos definir? 😉 Esperamos. Abraço

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    2. Good question. Wait and you'll see. ;) Beijinhos e bom domingo.

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