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terça-feira, 5 de maio de 2015

Senhor iluminai o meu caminho e já agora...

...mantenha-me caladinha para todo o sempre!
Porquê?
Vamos lá então descobrir o que está a manchar o meu currículo.
Na altura em que o V. nasceu,  eu andava obcecada a tentar combater as injustiças com que me deparava enquanto mãe.
Era este o espírito.
Primeiro exemplo. Uma vez saí do carro de "peito feito" para falar com um senhor, que se encontrava estacionado nas grávidas e lia, sossegadamente, o jornal. Depois de desbobinar a minha indignação, o senhor alega estar coxo de um pé. Fiquei um bocadinho, como eu hei-de dizer, sem jeito. Pedi desculpa e procurei novo estacionamento. Mas isso não me levou a desistir da minha missão.
Este sim, este é que se pode dizer que é coxo, pá!
Um outro episódio mais recente, ocorreu num parque subterrâneo de uma superfície comercial. Um rapaz de 20 e poucos anos, no seu carro comercial e jantes especiais, estaciona à minha frente (roubando-me o lugar à cara podre!) no sítio das grávidas. Saio do carro, e num acesso de raiva, pergunto-lhe se ele também se encontra grávido ou em trabalho de parto. Perante esta situação, o rapaz pede desculpa e pira-se (pois era bem capaz de levar uns bananos, se tivesse contra-argumentado!)
Sim, é mesmo contigo, meu sacana!
Mas a cereja no topo do bolo, aconteceu numa tarde de sábado, num conhecido supermercado. Eu e o M.C. tínhamos ido às compras sem o V. (calma!..tinha ficado na avó! A C. ainda não tinha nascido!) e já estávamos na fila para pagar, quando uma senhora chega depois de nós, com uma barriga proeminente e ar cansado.
De imediato, digo-lhe com ar compassivo:
- Olhe, pode passar à nossa frente. Eu bem sei o que custa nunca nos darem prioridade, eu sei dar o valor, pois quando estava grávida, eu é que tinha de reclamar.
- Mas...eu não estou grávida, sou apenas gordinha.
Então só podia ser barriga de cerveja.
Os pêlos eram evitados, eu sei. Mas assim, nunca saberiam que pêlos na barriga podem fazer remoinhos.
E hoje isto não seria tema de um iogurte se ontem, ao final da tarde, não se tivesse repetido a minha mania de achar, que barrigas proeminentes, tem de trazer sempre bebés.
Por exemplo, pode ser barriga inchada por causa dos gazes.
As minhas sardas entraram em ebulição, comecei a deitar vapor pelas orelhas, como um géiser e disse, para mim mesma, como se me estivesse a auto - esbofetear: 
"Toma, já levaste!"
Não é bem assim, mas não gosto dar a parte fraca.

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