Nestes últimos dias, muito se tem falado, do bullying no último programa dos Ídolos e o anti-bullying do Cristiano Ronaldo quando, em defesa de um miúdo japonês, perguntou porque estava a plateia toda a rir.
Se eu fosse a ti Cristiano... |
Ao pensar nisto, lembrei-me que quando andava na escola primária, eu também posso ter cometido alguns delitos. Entenda-se por "delitos", actos menos heróicos visando um menor bem-estar dos outros, por assim dizer. Vou deixar-me de rodeios!
O que eu vos quero contar é que eu também posso ter sido uma bully!
Não é preciso tanto, vá. |
Mas, antes de continuar, tenho apenas a dizer que também eu cheguei a ser vítima de bullying.
No 5º ano, levava uns sopapos nas costas e pontapés nas canelas, só porque não dava dinheiro a um puto que, atualmente, está preso. Porque será?
Cá se fazem, cá se pagam. |
Vou deixar o meu relato para vossa apreciação.
Estávamos na 2ª classe e éramos poucos, numa escola da aldeia. Eu tinha um amigo com alguns cabelos a mais e uma dita "monocelha".
Um exemplo de monocelha. |
Um dia disse-lhe:
"Xii, tu tens tantos pelos nas sobrancelhas!"
No outro dia apareceu sem elas, pois tinha-se depilado com uma gillete. A professora chamou a mãe preocupada com o estado psicológico do menino.
E eu entrei em pânico, está claro! Pois percebi que tinha sido eu a causar aquela intempérie.
Se eu tivesse terminado o iogurte aqui, vocês, provavelmente, estariam agora a pensar:
"As crianças não têm noção. Coitada, não deve ter feito por mal! Provavelmente disse aquilo sem ter noção das consequências!"
Esta história poderia encaixar muito bem neste tipo de formato. |
Pois...Não pensem em nada ainda, que o pior vem a seguir.
Nesse dia à tarde, fui ter com ele e disse-lhe:
- Ai de ti que contes à tua mãe que eu te disse que tinhas muitos pelos nas sobrancelhas. Não sou mais tua amiga e digo a todos que cheiras mal.
E pronto.
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