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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

2º episódio: Peripécias de ser casada com um Micael Carreira.

A trama de hoje começa exatamente no dia do meu casamento.

Mesmo com 9 anos de namoro seria de esperar conhecer o M.C. tão bem como conheço as minhas unhas dos pés ou os dentes do ciso! Mas não foi bem assim...
A história de hoje não vai acabar em celebridade ou com gente famosa, mas sim dar a conhecer a essência e a natureza sensível do marido que escolhi em plena consciência e excelentes faculdades mentais, naquele dia de sol no final de Setembro de 2009.
Sensibilidade de um ogre...!
Como em todos os casamentos.. são os pormenores que tornam a festa única e nossa. Nós, entre outras coisas, tínhamos um DJ cubano para por música, dançar e animar a tarde com coreografias (confesso...foi uma mariquice minha!).

Bom..mas antes de continuar deixem-me descrever um pouco como é o M.C.
Ora o M.C. é um rapaz muito calmo, nunca tem pressa...pode até estar a chover dentro de casa que a sua explicação para o problema é muito simples: "está a chover aqui dentro porque está a chover muito lá fora" (como se fosse normal chover dentro de casa!).
As leis de Newton não se aplicam neste caso.

Nunca tem bem a certeza da quantidade de água para fazer o arroz, mas conhece todos os nomes e jogadores de futebol em Portugal, liga inglesa, liga espanhola...etc!
Exemplo de uma N.Sra de Fátima que brilha de noite.

Adora ir ao supermercado para comprar queijo brie, fingers, chocolate côte d'Or, nutella, etc..(tudo top!)...mas se lhe pedir para comprar uma esfregona "boa" ele compra, segundo a sua noção de "bom" a de 0, 90 cent. em vez da vileda de 3,99 eur!  Depois, quando confrontado com a situação e a evidência ser tão, mas tão óbvia, (que não deixa qualquer dúvida) sobre a relação qualidade/preço ainda tem o desplante de dizer que só havia daquelas ou então não viu as outras!
Oopss...!
Bom..,voltando ao dia do casamento.
O almoço ainda não tinha sido servido, mas todos os convidados estavam sentados à espera da nossa entrada triunfal! E triunfal porque o DJ cubano iria por uma das "nossas" músicas dos Violent Femmes quando entrássemos no espaço do repasto.

Tudo a postos. O chefe da sala vinha ao nosso lado a explicar-nos o que iria acontecer.
O M.C. vinha ao meu lado (pelo menos eu assim pensava).
O cubano esperava um sinal para começar. O chefe da sala distraiu-me com os pormenores. Dei sinal ao cubano, mas ele acenou com a cabeça. Primeiro não percebi lá muito bem, pois se já estava tudo sentado, porque não poderíamos entrar? As pessoas olhavam na expetativa da nossa entrada.
E eis que olho para o lado e me apercebo que estou sozinha!
Onde estava o M.C.? Perguntam e bem.


Na receção, junto da mesa, segurava um copo de imperial e encontrava-se a comer umas rodelinhas de chouriço, presunto e rissóis.
Dirijo-me a ele com cara de poucos amigos (mesmo vestida de noiva) e pergunto:
"Mas o que estás a fazer?!"
"A comer olha! Os outros já comeram e eu não posso, queres tu dizer-me? Eles esperam! Estou cheio de fome!"
...
Se calhar tinha ido a tempo.



2 comentários:

  1. Olá Rita! Descobri hoje o teu e blog e fartei-me de rir. Fui colega do M.C. em Évora e consegui mesmo imagina-lo a fazer as coisas que ti descreveste ;)
    Agora sou a tua mais recente seguidora!

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  2. Olá Sara! Sim..o M.C. é mesmo assim! Obrigado pelas tuas palavras!
    beijinhos!

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