Às vezes complico o que é simples e, por vezes, desvalorizo o complexo...outras vezes, é o contrário. Sou um ser peculiar e determinado o que, na perspetiva do meu M.C. soa mais como: "arre! que és teimosa que nem uma mula, tens de fazer sempre o que vai na tua ideia"e depois a típica consequência "e o V. sai a ti"(em qualquer situação que resista ou argumente contra um pedido do pai)!
Odeio pensar que foi esta a imagem que criaram sobre mim. Chiça! |
Sim...porque, à luz do M.C., tudo o que é mais difícil na educação do filho pertence ao meu código genético! Ainda bem que a C. é pequena e não revelou ainda os meus genes!
Então, se é igual a mim segundo o pai, tudo o que é inteligente, criativo e empático também sai à mãe!...Ora, não havendo dados a refutar esta constatação (o meu M.C. só vai ler depois de publicado o post), vamos assumir então os brilhantes genes maternos na genial capacidade de simplificar do meu pequeno V.
Ai é?!... |
Como prova disso, vou contar-vos uma situação que ocorreu nas férias de Natal, cá em casa, com a avó paterna, enquanto tive de me ausentar para uma reunião da escola com a baby C.
O V. brincava aos piratas com a avó E. prendendo-a com cintos entre duas cadeiras da sala, definindo assim uma prisão. Segundo ele, ela tinha-se portado mal e por isso estava presa. A prisioneira, depois de vários minutos naquele papel, pediu clemência.
O V. era um pirata malévolo e, por isso, estava determinado a mantê-la nas masmorras.
Podia ser a avó E. mas ela não tem o cabelo comprido. |
A avó E. lembrou-se de argumentar para conseguir a carta de alforria. Então, embutida do espírito natalício e religioso diz:
"Se não me libertas, eu vou pedir ao menino Jesus que me ajude!"
Ao que o V. responde:
"O menino Jesus não está cá para te ajudar!"
A avó E., como catequista de longa data, aproveitou o momento para introduzir alguns conceitos na vida do neto, dizendo:
"Mas Jesus está em todo o lado!"
E o V., prontamente, responde:
"Na minha casa não!" |
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