151 dias de ti.
Quando soube que te esperava, achava que sabia tão bem a lição....ainda por cima, grávida pela segunda vez...o que é que eu ainda não sabia?
Pernas inchadas, enjoo, mau-estar...tudo fazia parte da bagagem lexical do meu primogénito V.. Sentia-me confiante. Costumava dizer a quem não conhecia: "grávida do segundo filho", para provar ao mundo que eu sabia o que estava a fazer, que estava segura e que nada me poderia fazer perder o foco. Mas vieste provar-me o contrário. Provar-me que nada é adquirido e que nem por um instante, poderias ser esquecida e, por isso, vivemos uma história tão diferente e intensa, tão autêntica e cheia de poder e energia.
9 meses de ti, num misto de emoções de amor, angústia e medo. Que ânsia eu vivi para te conhecer!...Queria olhar para ti e cobrar-te os recados que foste mandando, malandreca!
Puseste-me à prova, sem saberes. Mas mostraste-me um "eu" que não conhecia. Um novo"eu" que não sabia que era capaz de se adaptar e resistir ao imprevisto, ao sobressalto do desconhecido...à simples frase: "está tudo bem, mas...".
Prescindi de consultas em livros, consultas na Internet, ou mesmo de conversas e partilhas com amigas e deixei-me ir...deixei que me guiasses até ao fim, mesmo sabendo que o medo, por vezes, me petrificava as emoções e me bloqueava. E, por fim, vieste. Cheia de amabilidade e calor...simplesmente, a respirar.
No primeiro encontro com o teu irmão, senti borboletas no estômago, fazendo-me lembrar o dia em que conheci o teu pai. Presenciei a transformação de um olhar em amor puro, sem reservas ou indefinições. Que amor grandioso e poderoso.
Com 10 dias, soube o que é sentir pânico, impotência e medo paralisante. Biologicamente determinada para apenas olhar enquanto dormias, eis que o universo me virou o mundo ao contrário. No meu colo, dormias tranquilamente, enquanto todo o meu corpo hipervigilante se detinha dos fios que te acompanhavam, dos sons que definiam a tua condição. Era a tua mãe, ali naquele espaço, tão perdida mas tão certa que ser mãe era mais que dar alimento, mais que correr para chegar a tempo de te dar banho...Uma mãe "a caminho"...
Hoje sei que, enquanto mãe, continuo a percorrer um caminho incompleto, desconhecido, sem destino ou tempo marcado...que se pode alterar e reescrever...que se pode aperfeiçoar... Hoje voltaria a escolher o mesmo caminho...fá-lo-ia as vezes sem conta.
151 dias de ti baby C.
151 dias de nós...
e eu.. a privilegiada madrinha!!!!! o meu coração está 151 dias mais rico!! :) Que doçura de princesa!
ResponderEliminarA melhor madrinha do mundo! :)
Eliminar:')
ResponderEliminarBeijinho Soraia! ;)
EliminarConhecer-lhe a nuca
ResponderEliminarJá não é coisa pouca
sobretudo se somada a essa vaidade de ser mãe
(orgulho? vaidade?, não sei bem...)
Uma soma singular com certeza.
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
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EliminarUma soma singular com certeza.
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