Um dia destes passei uma tarde a a arrancar ervas daninhas do jardim. Fiz algumas pausas mentais para entrar em modo utópico. Dei comigo a analisar os sentimentos das ditas ervas (acho que isto não vem em nenhum manual de doenças mentais, por isso, continuo descansada), os diálogos e os pedidos de clemência. Naquela hora, senti-me um verdadeiro Descartes.
E as raízes? Caramba, é quase impossível não se apaixonar com a esperteza delas! Imagino-as como seres todos poderosos do reino do húmus. Umas rainhas.
Estive assim nesta terapia durante algum tempo. Depois de um carro de mão cheio, ou melhor, uma manifestação de ervas daninhas em busca de uma vida melhor, as minhas queridas cadelas, num sprint maluco em busca de uma bola de ténis (o meu filho era o treinador), derrubam tudo de uma vez só. Pareciam ter a força de uma manada de búfalos.
E aí caiu-me a ficha.
Primeiro, tenho de deixar de ter aviões e aeroportos na minha mente e deixar de apanhar boleia em balões com muito hélio.
Segundo, não posso esquecer que colocar o carro de mão na relva não é muito boa ideia. Pior ainda, se no meio de ervas não desejadas, houver resquícios dos dejetos das minhas queridas lontras caninas.
Estava quase, quase tentada a dedicar-me à jardinagem, arma terapêutica poderosíssima...mas afinal, não! É pena!
ResponderEliminarMuito bem escrito! Parabéns!:-)
Faz bem e é terapêutico! Reconsidera Maria! :)
EliminarBeijinhos e obrigada!
Vou experimentar =D
EliminarAhahahah
ResponderEliminar:) beijinhos!
EliminarNão concordo que deixes de ter aviões e balões dentro da mente! A vida é muito mais divertida se de vez em quando nos deixarmos ir pelo lado parvo.
ResponderEliminarTambém é verdade...mas de vez em quando até a mim me parece tonto demais! ;) O
EliminarPenso que as vezes ''viajo na maionese'' termo que usamos muito por aqui quando estamos assim a viajar com a cabeça na nuvens...mas você superou-me............rindo a toa com seu post hoje... bjucas
ResponderEliminaro Micael sabe disto?
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