Hoje parei para escutar o silêncio dos meus "mestres". Se há coisa que me adormece a raiva [de um alheio que às vezes tão bem conheço] ou a tristeza [de saber o inevitável], é o olhar de quem não precisa de usar palavras. E nesse momento, volto a parar e escuto-os.
Tenho uma sorte imensa. Às vezes esqueço-me disso.
Aprendi a escutar [sem som e às vezes sem gesto] o que me dizem.
Um privilégio.
Ninguém constrói uma casa sem paredes. Eu tenho duas casas. Uma casa onde habitam os meus quatro corações, batendo sempre em uníssono. E a outra, onde o meu coração bate sem bater, acelera sem mexer e esconde sem aparecer.
A casa da minha família e a casa dos meus mestres.
Um privilégio.
Ilustração de Occhietti |
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