Odeio ver animais mortos no chão, seja qual for a espécie. Arrepia-me imaginar o fim daquela forma. Ontem, no meu quintal observei um amontoado estranho, disforme e de várias cores que, qualquer Sherlock Holmes perceberia que seria algo como um rato ou parecido com isso.
Nestas coisas prefiro que seja o marido a tratar. Decide ele o que fazer, mandar para longe, enterrar ou simplesmente por no lixo. Eu não tive coragem de imaginar o porquê do bicho ter acabado naquele estado. Resolvi ignorar aquela visão e esperar que o M.C. visse e achasse que, como primeiro a dar conta, tivesse a responsabilidade de o tirar dali.
Até aqui tudo bem.
Aproveitei uns laivos de sol e fui buscar as minhas lontras caninas para umas corridas, para que se afastem do limite da obesidade. Qual não foi o meu espanto que, segundos depois, a Mia (a mais velha, supostamente mais prudente e calma) fugia da Sushi (a mais nova, mais estouvada e mais hiperativa) que lhe tentava roubar da boca, aquilo que eu pensava ser uma bola.
Normal, portanto.
Só voltei a pensar no defunto estripado, quando levei uma quantidade enorme de lambidelas saudosas das minhas cadelas (que pela chuva intensa, tem passado mais tempo na sua casa) e passei na parte do quintal onde jazia o rato e, por meu espanto, já não se encontrava lá.
Provavelmente, foi a Mia que deu conta dos restos mortais e como se isso não chegasse, lambeu a minha fuça toda como se não houvesse amanhã.
Nunca mais serei a mesma.
Podia ter sido algo parecido com isto, mas eu acho que foi pior. |
novo tónico! pensa na baba de caracol, deve ser pior...
ResponderEliminarVisto nessa perspectiva...até que pode ser aceitável. :)
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