Um destes dias, o mais velho
brincava com a irmã mais nova aos “nascimentos”. Por todo o lado nasciam bebés.
Os bebés vinham em modo de cobertores, mantas, malas e até um casaco serviu
para o efeito. Tudo vale no faz de conta. Atarefados, no corredor, o mais velho
anunciava:
“Mamã, olha aconteceu uma coisa
maravilhosa. Nasceu mais um bebé.” A mais pequena trazia os cobertores
enrolados, pedia o silêncio aos adultos (tinha um bebé ao colo e não se podia
fazer barulho) e o mais velho, médico responsável dos partos, dava todas as
recomendações à mais recente mamã, a pequena. Estiveram nisto toda a manhã.
Enquanto isto acontecia, a
televisão e o telemóvel lembravam-me os acontecimentos mais marcantes daquele
inicio de dia. Não eram boas as notícias. Quase nunca o são. Quase sempre me
situam numa realidade que eu preferia não estar. Um mundo do avesso com
pretensões de andar direito.
Questiono o futuro e, confesso,
sinto algum medo. Medo que os meus filhos percam a inocência de acreditar na
magia do arco-íris, no rir sem preconceito, no abraçar seja quem for, na
esperança de acordar em dias melhores.
Olho de fora e vejo o que está
dentro. Comprometo-me na árdua, mas tão gratificante tarefa de preencher o
“dentro” com aquilo que uma mãe consegue e acha necessário, para que os filhos
cresçam, vivam e sonhem neste mundo sem medo.
Não é o que todas as mães fazem?
O meu amor em forma de abraço. |
Tempos difíceis estes para pais e crianças. Resta-nos fazer o melhor que podemos e sabemos :)
ResponderEliminarÉ esse o caminho. :)
EliminarAí está a dura tarefa dos pais de hoje em dia. a grande maioria já tem dificuldade em manter os seus sonhos viverem quanto mais passar isso aos nossos filhotes. O mais facil aqui é inverter os papeis. Deixar que sejam eles a contagiar-nos com a sua ingenuidade e criatividade... quantas são as vezes que dizemos pára com isso não faças isso... estamos assim a "matar" a fatansia deles... a cada dia tentar que isso não a conteça e de prefencia participar nessas brincadeiras e fantasias com eles. A nós só faz bem! Temos a tendencia de deixar de brincar... porquê? :)
ResponderEliminarBrincar é mesmo fundamental. Faço-o sempre que posso e consigo. A vida às vezes não deixa o tempo que gostaríamos de o fazer. Mas também acho que mais vale 5 minutos de qualidade do que hora e meia sem qualidade!
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