Ponto número 1: Tenho tido dias de cão. Dias em que as ideias não fluem e os dedos não teclam. Dias de muitas horas acordada. Dias exigentes. Dias de inquietude.
Ponto número 2: Este post vai reunir os melhores seis iogurtes dos meus últimos dias.
Iogurte nº 1: Um dia destes fui às compras na hora do almoço. Guardei religiosamente o saco do supermercado no frigorífico do meu trabalho. Lá dentro encontravam-se todos os ingredientes para o jantar da família.Nota importante: havia outro saco idêntico no frigorífico, mas da concorrência. Saio do trabalho, levo o único saco que se encontrava dentro daquele eletrodoméstico e uma hora depois, com avental vestido e tachos ao lume, abro o saco e deparo-me com uma triste realidade: o saco não era o meu. Aquele tinha dois tupperware's com comida. Dei voltas à minha cabeça e descobri quem teria levado o meu saco por engano. A pessoa ainda duvidou mas eu insisti. Caramba, eram as minhas alfaces, os meus iogurtes e as minhas beringelas.
Iogurte nº 2: Andei quatro dias com uma dor persistente no olho direito. Tinha momentos de completa escuridão e dor. Pensei que estava a iniciar um processo de doença degenerativa ocular. Temi o pior. Fui a uma optometrista. Queixei-me e ela observou-me. Mistério resolvido. O meu olho albergava dois grãos de areia. Como foram ali parar? (perguntam) Uns dias antes tinha comprado um esfoliante com sílica. Ya. Nunca ninguém me explicou que eu não podia esfoliar os olhos! Agora já sei.
Iogurte nº 3: Um dia destes fui a Lisboa. Levei comigo duas colegas do trabalho. Mais velhas que eu (mas em muito bom estado de conservação), a temer pela minha atenção na estrada, foram fazendo algumas advertências tipo "cuidado, olha aí o carro da esquerda"..."não vale a pena ultrapassares"..."temos tempo, vai com calma". À vinda, em pleno cruzamento na Avenida da Liberdade (aqueles com linhas amarelas, onde me ensinaram que não se deve ficar parado), fico parada. A antever o pânico das minhas colegas e alguns nervos, eis que perante aquela situação teço o seguinte comentário: "olhem eu não estou aqui nada bem, mas o que está atrás de mim está bem pior". Penso que as reconfortei.
Iogurte nº 4: De manhã, muito à pressa, reparo na dificuldade em vestir as meias. Não liguei e não desisti. Primeiro pensamento: encolheram na máquina. À noite, a despir-me eis que o V. observa o seguinte:
- Mamã, levaste as minhas meias para o trabalho?
Iogurte nº 5: Não tenho jeito para a moda, eu sei. Quando tenho tempo, vou ao espelho e faço uma análise crítica sobre as minhas escolhas. Momentos como esses são raros. Mas quando os tenho, penso na minha inocente avaliação e tenho pensamentos como este: "até nem vou assim muito mal vestida, vá". Este pensamento dura apenas até ao momento em que nos dizem:
- Ai vens de verde! Também tenho uma roupa dessa cor. Mas não sei bem com o que é que fica bem. Deixa lá ver-te. (pausa para o cortex visual processar a minha imagem) . Gosto de tudo, menos das sapatilhas.
E, naquele dia, o que eu mais gostei foram as sapatilhas.
Iogurte nº6: Na noite de Carnaval, a minha casa foi acometida pelo flagelo dos ovos. De manhã, quando me deparo com aquele cenário, o que me veio logo à ideia foi: "mas eu ontem fui às compras? Não me lembro de ter partido tantos ovos! "
Acho que tenho mesmo de dormir mais.
gosto do pack de quatro, se isso interessa! nunca mexo o iogurte e nã sou muito fã dos líquidos.
ResponderEliminar(amei o esfoliante de olhos, é bom saber que nã era nada grave!)
Também nunca mexo o iogurte. Esfoliar os olhos nunca me pareceu uma má opção até aquele dia. Entretanto, já recebi de presente um creme de contorno de olhos. Recebi-o com alguma emoção, até porque nunca tinha tido nenhum! ;)
EliminarGrande colecção de aventuras ;)
ResponderEliminarAventuras acumuladas! Abraço Sara!
Eliminar