Vens respirando ruidosamente. Trazes a turbulência na tua
aura. Rodas os olhos no máximo que o movimento do teu pescoço te permite e
vês-nos. Elogiamos o teu cabelo. Pareces o John Lennon, digo-te
sorrindo. Retribuis. És amável, tal como imagino o teu interior. A tua verdade é crua. As tuas mãos
desprezam-te. Ausentes de qualquer função, tocam apenas as estrelas quando se
desfazem em poeira e gás. Cobrem-te e agarram-te com tal força gravítica que
não te consegues desprender dessa cadeira que te adormece. Mas nem sempre se
tem a sorte de ser tocado por elas. As estrelas não morrem assim. A temperatura
da tua pele acolhe o meu arrepio. A pele que te protege como uma mãe que engaiola
o seu filho, numa espécie de ninho anti roubo. Pesquiso nos teus olhos onde pairam
as tuas asas. Perdeste-as? Ou alguém alguma vez te falou da sua existência? Lamento
que as desconheças. As asas são o cérebro dos sonhos. Nunca te disseram? Lamento que te esqueçam de dizer as coisas
importantes.
Não sou nem nunca serei uma estrela, mas posso sussurrar-te
ao ouvido para que sintas o meu quente. Não ficarás brilhante nem serás mágico.
Continuarás preso a essa cadeira, mas lembrar-te-ás mais vezes que existes, prometo.
É mesmo isso 😊😘
ResponderEliminarSe desconhece, tens de lhas mostrar. As asas são-nos tão necessárias quanto a água e o ar.
ResponderEliminarBeijinho
Não será fácil mostrá-las. Mas se acreditarmos, porque não? Beijinho
EliminarE promete continuar a escrever assim?
ResponderEliminarBjs
Prometo. 😊
Eliminar😊😘
ResponderEliminarQue texto tão maravilhoso! Estou encantada *-*
ResponderEliminarObrigada Andreia. Abraço. :)
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