Atualmente em casa, no período diurno, apercebo-me da epidemia de telefonemas a propor vendas de seguros de saúde, informações de rastreios de osteoporose, entrevistas e questionários de satisfação, novos operadores de televisão e telemóveis, etc, etc... Imagino o que a malta reformada, doente ou que está simplesmente em casa tem de levar todos os dias!
Enfim..uma pessoa tenta ser educada para dizer que não está interessada mas, às vezes, a insistência é tanta, que se perde o "politicamente correto" num ápice!
Ligar a T.V ou atender o telefone?....hummmm.... |
Bom..isto tudo para vos contar como é ser casada com o genuíno e verdadeiro Micael Carreira à luz destes telefonemas! Tudo começou com próprio M.C. que me está sempre a incentivar a "brincar" com estas situações, pois ele adora fazê-lo. A sua frase mais popular é: "eu sou muito pequenino e a minha mãe não está em casa!" (...imaginem esta frase numa voz de homem adulto...é hilariante presenciar!). É um verdadeiro mestre na relação com os call center.
With you may the force be. |
Desta vez...fui eu que dei asas à minha imaginação!
O telefone tocou. Chamada anónima. Atendi.
"Bom dia, é da casa do Sr Micael Carreira?"
"Sim é. Quem deseja falar?"
"Daqui é de uma empresa de seguros. Ele está?"
"De momento não. Está em digressão no estrangeiro."
Tão "jeitosinho".....! (ou no dicionário do meu pai "tão galhardinho"!) |
Do outro lado a senhora pausou em silêncio. E eu tentava não rir descaradamente mantendo determinada a não perder a postura desta inofensiva "verdade que se esqueceu de acontecer", como diria Mário Quintana.
"Qual seria então o momento mais oportuno para entrar em contato com ele?"
"Olhe não sei quando volta. Sou aqui a governanta e ando só a fazer limpeza." - neste momento todas as minhas vísceras se tentavam controlar para não revelar a minha verdadeira identidade.
Mais ou menos parecida com esta. |
Nova pausa de silêncio.
"Ligo então noutra altura. Obrigado."
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