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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Por dentro somos todos iguais.

Os ossos assombram qualquer réstia de sanidade por estes dias. A alma lavou-se em água choca e insalubre. Padeço agora, de uma febre que não lembra nenhum morto. As dores assaltam qualquer músculo e irradiam terror pelo meu corpo, como se ondas sísmicas se tratassem.
Recuperar de mim, o que me tiraram. Serei eu capaz?
Processo a informação que me chega em catadupa e escondo-me na invisibilidade dos segundos que passam. Talvez ninguém me note e eu possa sossegar.
Recuperar de mim, o que me tiraram. Serei eu capaz?
Contenho o movimento dos pés e faço-os sentir o frio. Talvez assim, a erupção não aconteça.
Fecho os olhos na esperança que a paz me adopte e me leve daqui embora.

Por dentro somos todos iguais.

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