Não é habitual escrever com o coração "na boca", por isso, estive ausente alguns dias por precaução, não fosse o meu coração desfibrilar em verborreia aguda. Por este motivo, mantive-vos longe do meu estado.
Os meus últimos dias foram repletos de emoções e provações. Afinal, de vez em quando, existe alguém ou algo que nos avalia, nos põe à prova... tudo para saber se estamos à altura.
A minha classificação? Ainda não sei, não consigo ainda quantificar a mossa, talvez no próximo teste.
Quem é o gajo que brinca desta forma? Também não sei, não gosto de me meter com ele. Tenho apenas uma certeza: que é poderoso é...
Estive doente. Nada de especial. Passou-me logo, quando o meu pequeno V. adoeceu.
Num corropio entre Centro de Saúde, Hospital...eis que surge o veredicto:
"Tem de ficar internado".
A história repetiu-se, só que desta vez com ele. Os meus sintomas: caos.
Definindo o caos....: palpitar apressado do coração, a respiração profunda e incompleta, a dura tarefa de dividir o corpo e alma, para que nenhum dos pequenos sentisse o desconforto, o medo e angústia que eu sentia.
A prova: ver as mesmas pessoas de há um ano e meio atrás, sentir o mesmo cheiro dos corredores, sentir o passar lento das horas quando se está em sofrimento...sentir. Não fiz mais nada que sentir. Ya, dizem que somos humanos e que estamos biologicamente determinados para aguentar cenas. Cenas.
Esta foi mais uma. Superada.
Estamos em casa. Os quatro.
Mas...as memórias do corpo não se apagam com analgésicos ou pomadas. Não há cura, por enquanto.
Virá com o tempo.